Archive for setembro 2012
Por que é importante os pais participarem da vida escolar dos seus filhos?
Por que é importante os pais participarem da vida escolar dos seus filhos?
Os estudos mostram que o acesso à educação infantil tem importantes consequências para a vida adulta, como mais renda, menos gravidez precoce e menor envolvimento em crimes. Hoje se sabe que a escola infantil não é apenas um lugar onde se deixam os filhos enquanto se vai ao trabalho, mas um espaço educador decisivo – com o qual o pai deve estar muito envolvido para que a criança tire o máximo proveito dele.
A qualidade da escola brasileira em casa. Quando os pais participam da vida escolar, as crianças se alfabetizam com facilidade, obtêm notas melhores e alcançam renda superior na idade adulta. Mas no Brasil essa participação ainda precisa evoluir. Uma pesquisa do Ibope aponta que apenas 7% da população acredita que a educação é também uma responsabilidade dos pais. Em uma decisão prejudicial às crianças, milhões de pais preferem terceirizar a educação e colocar toda a responsabilidade sobre os ombros da escola. Tema da terceira pergunta da campanha do Grupo RBS e da Fundação Maurício Sirotsky Sobrinho, A Educação Precisa de Respostas, o papel da família na vida escolar é esmiuçado com orientações sobre como pais e mães devem agir em diferentes momentos e situações. Esta cartilha foi baseada em grande parte em materiais do projeto Educar para Crescer (educarparacrescer.com.br), que tem entre suas bandeiras a aproximação dos pais do processo de educação.
Facilite a adaptação da criança
– Mostre entusiasmo e segurança ao deixar seu filho na escola. Ressalte que ele irá encontrar outras crianças com as quais poderá brincar.
– Explique, com tranquilidade, que ele irá passar o dia na escola e diga quem irá buscá-lo no fim do período.
Estimule o aprendizado
– Entenda como a escola estimula seu filho e o que esperar em cada fase de seu desenvolvimento. Acompanhe cada etapa de perto.
– Reconheça e valorize cada conquista de autonomia de seu filho. Nunca o reprima ou castigue em caso de falha ou regressão.
– Respeite o ritmo de seu filho. Não o compare com irmãos ou amigos.
Seja parceiro da escola
– Esteja presente e participe das reuniões de pais.
– Vá às atividades extraclasse, como palestras.
Eduque dentro de casa
– Crie uma rotina também em casa. Mantenha um horário regular para seu filho se alimentar, tomar banho e ir para a cama.
– Leia histórias, capriche na interpretação.
Acompanhe o dia a dia
– Leia a agenda de seu filho diariamente.
– Converse sobre o dia dele, sem enchê-lo de perguntas. Deixe que ele conte o que quiser e siga com a conversa a partir das situações reveladas.
Problemas urbanos!
Muitos problemas urbanos são decorrentes de um comportamento “individualista egoísta” de uma parcela de nosa Sociedade. Além disso ainda temos a IMPUNIDADE, que “estimula” e não educa!
ACORDA SOCIEDADE!!!
Sem cobertura
O leitor Daniel de Araújo mostra o ponto de ônibus na SC-406, no Porto da Lagoa, em Florianópolis. Segundo ele, há mais de um ano a cobertura está com um buraco e há algumas semanas o vidro foi quebrado. Uma passageira chegou a cortar o pé. “Os pontos de ônibus inteiros são extremamente desconfortáveis, no sol se transformam em estufa, não protegem da chuva e, esperar por muito tempo se torna um suplício. Como estimular o uso do transporte público assim?”. A Secretaria de Transportes, Mobilidade e Terminais disse que esse ponto será consertado em no máximo 10 dias. Vamos acompanhar!
Soluções desatam nós da mobilidade….
Resposta sobre a matéria publicada em 17 de setembro,
pode ser lida abaixo;
TRÂNSITO 24H
Hora de pensar e ajudar a mudar
A Semana Nacional do Trânsito começa amanhã, e neste ano, o foco das ações de conscientização está no excesso de velocidade, um dos principais motivadores de acidentes. Mas além de tentar reduzir a violência no trânsito, os próximos dias também devem servir de reflexão para todos que fazem parte do trânsito. O que cada um de nós pode fazer para melhorar a mobilidade? Mostramos nesta reportagem algumas iniciativas em Santa Catarina que podem servir de exemplo.
O trânsito faz parte do dia a dia das pessoas e é foco de críticas e cobranças. Mas o que muitas vezes não se percebe é que o comportamento de cada um ajuda a tornar as ruas violentas e sem mobilidade. Para conscientizar a sociedade, acontece de amanhã até o dia 25, a Semana Nacional do Trânsito, promovida pelo Conselho Nacional de Trânsito. As ações querem alertar para o perigo do excesso de velocidade, uma das principais causas de acidentes. O foco são jovens entre 18 e 25 anos. Em SC, a violência nas estradas estaduais já levou 295 pessoas à morte este ano.
Se os acidentes com mortes são o lado mais cruel do trânsito, é no dia a dia que percebemos outro problema crônico: a falta de mobilidade. Em Florianópolis, quem acessa a Ilha todas as manhãs sabe o que é isso. É difícil disputar espaço entre os 180 mil carros que passam por dia na BR-282. No final de tarde, o sufoco se repete no sentido contrário. No Sul da Ilha, motoristas saem cada vez mais cedo de casa para evitar transtornos em direção ao Centro. Nem a inauguração, em dezembro, da faixa reversível da SC-405 os problemas foram resolvidos.
No Norte da Ilha, o principal ponto de congestionamento é na SC-403, saída do Bairro Ingleses e, também, na ligação do Rio Vermelho. Com o término da duplicação da SC-401, o trânsito melhorou, mas aumentou o número de motoristas que excedem o limite de velocidade e provocam acidentes. Sem falar do que turistas e moradores enfrentam no trânsito da Lagoa da Conceição no verão.
Blumenau também já mostra reflexos dos 218 mil carros. A cidade, com muitos morros, cortada pelo Rio Itajaí-Açu, já não consegue ampliar a estrutura viária. Ainda na região do Vale, é a BR-470, segunda mais movimentada do Estado, que traz preocupações. Apesar de ter boa estrutura e sinalização, a rodovia é uma das mais perigosas.
Já o trecho Sul da BR-101 é o principal gargalo. No feriado de 7 de Setembro, motoristas ficaram quatro horas na fila em Laguna, que ainda não teve a duplicação concluída.
Nesta Semana Nacional do Trânsito, vamos aproveitar para discutir problemas e mostrar que quando a consciência acompanha a evolução das cidades, dos carros, dos tempos, é possível, sim, criar alternativas. Confira na página ao lado histórias de pessoas que decidiram ir em busca de soluções para melhorar a mobilidade.
Preferência
O engenheiro eletricista Vinicius Rolim alterna: usa ônibus e carro. Quando opta pelo transporte coleitvo, chega mais cedo em casa, já que o veículo tem via exclusiva na saída do túnel até o terminal do Centro, em Florianópolis. Vinicius lembra que é importante dar preferência aos ônibus.
– Tento ceder a vez, sobretudo nos casos de afunilamento. Temos que respeitar, pois sua capacidade de transporte é maior. Precisamos deixar de ser egoístas no trânsito.
Estacionamento
A segunda infração mais cometida pelos motoristas de SC é o estacionamento irregular: perde apenas para o excesso de velocidade. O Trânsito 24h recebe, todos os dias, flagrantes de diversas cidades do Estado de motoristas que não respeitam a sinalização e acabam usando a falta de educação para estacionar.
Publicado no DC online, Aqui
Como frear a escalada de mortes de ciclistas no trânsito de SC?
- Sem dúvida, freando as atuais velocidades permitidas aos motorizados de transitar nas ruas. Respeitando o Código de Trânsito Brasileiro, evitaríamos 94% dos chamados “acidentes”. Construção de ciclovias e ciclofaixas onde há condições e nas demais vias o compartilhamento das ruas, com bom senso e inteligência, é a solução. Andar de bicicleta ou caminhar na cidade não é perigoso, perigoso é como se permite conduzir automotores em nossas ruas. Cidades com maior número de bicicletas nas ruas apresentam trânsito mais humanizado e uma melhor qualidade de vida. É fato.
Daniel de A. Costa/Florianópolis - Embora polêmico, o assunto é fácil de resolver. Basta conscientizar motoristas e ciclistas com campanhas objetivas, criar ciclovias e não ciclofaixas. Mas tudo isso demanda empenho dos órgãos competentes e – por que não? – de nós, cidadãos, no intuito de fiscalizar e cobrar o bom funcionamento das vias. Mas, infelizmente, enquanto isso não ocorre, vamos continuar tendo mortes desnecessárias, até que fatalmente algum ente da esfera maior venha a falecer.
Aqui em Joinville os órgãos de desenvolvimento urbano dizem que há 70 quilômetros de ciclovias (ciclofaixas). Até pode ser verdade, pena que somente 5% estão em condições de uso. Isso devido à má conservação. Triste, mas é realidade.
Rogerio Maes/Joinville - Primeiramente, investindo na construção de ciclovias. Em segundo lugar, educando ciclistas e condutores de veículos automotores para deixar bem claro quais são seus direitos e deveres no trânsito. Por último, punir quem desrespeitar a lei de trânsito.
Jader Freitas/Tubarão - Somente mudando nossas leis ultrapassadas poderemos mudar alguma coisa com relação a este assunto. Vamos torcer para nascer alguém que mude nosso Código Penal – com leis de verdade que punam os infratores e não as pessoas de bem.
Fernando Cabral/Brusque - Fácil. Basta os candidatos a prefeito pararem de se preocupar com alianças políticas e pensar no cidadão. Existem cidades-exemplo em ações para o ciclista. Se tivermos metade da estrutura que existe em Londres aos ciclistas, a porcentagem de acidentes seria reduzida em 60% de cara. Os 40% restantes dependeriam da educação e respeito de todos no trânsito.
Mario B. de Souza Junior/São José - Para que um Estado ou um país seja respeitado, tem de haver respeito e educação entre a população, começando pelo espaço entre motoristas e ciclistas, exigindo das autoridades mais empenho em construção de ciclovias nas cidades, criar leis mais rígidas para motoristas que não cumprem as leis de trânsito, como aqueles que dirigem alcoolizados ou em alta velocidade. Só assim conseguiremos diminuir os acidentes, muitas vezes com vítimas fatais.
Luiz Cesar Espindola/Criciúma - Reeducação no trânsito, punição aos imprudentes e revisão do Código Penal são muito importantes, mas isso só vai funcionar a longo prazo. Acho que de momento poderiam construir ciclovias com divisão entre a pista e os demais veículos, como ocorre na Beira-Mar Norte, em Florianópolis. Exige maior espaço e maior investimento, mas como gastam tanto com futilidades, podem gastar com algo que vai proteger a população e possibilitar aumentar o tráfego de bicicletas, diminuindo o de carros.
Diego Cezar Mendes/Florianópolis - Em primeiro, muitas ciclovias; em segundo, bons equipamentos de segurança; terceiro, educação; em quarto, atenção, deixando de levar o celular no bolso, isto para o ciclista; e o respeito por parte dos motoristas, reconhecendo o direito de ir e vir do ciclista.
Vicente Gabriele Pascale/Florianópolis
Fenômeno Facebook de conectados
COMPORTAMENTO
Fenômeno Facebook de conectados
A rede social que começou em um quarto de Harvard e que, até 2006, reunia apenas estudantes nos EUA, está próxima de ser o primeiro produto comunicativo a juntar quase 15% da população mundial – feito que não tem garantido o mesmo sucesso comercial da empresa de Mark Zuckerberg
A façanha de curtidores está perto da casa do bilhão. Esta é a projeção sobre a quantidade de usuários que o Facebook deverá alcançar em breve. Os últimos dados divulgados pela empresa de Mark Zuckerberg, em junho, apontam que o site ultrapassou a marca de 955 milhões de usuários.
Ao chegar a 1 bilhão de usuários, o que especialistas acreditam que irá acontecer ainda este ano ou no máximo nos primeiros meses de 2013, o Facebook teria quase 15% dos humanos do planeta interligados em sua rede. Um fato inédito para um produto de mídia.
– É fantástico reunir quase 15% da população mundial. Imagina ter o perfil dessas pessoas, que estão sempre atualizando os seus interesses e que têm poder aquisitivo, acesso à internet e tomam decisões. É uma máquina de audiência muito grande – ilustra Radamés Martini, diretor da SocialBase, que trabalha com rede social para empresas.
O negócio iniciado há oito anos em um quarto de Harvard começou a se espalhar para fora do ambiente universitário e escolar em 2006. Em maio daquele ano, o site começou a abarcar trabalhadores de empresas e, em setembro, qualquer pessoa que quisesse se juntar à rede. As escolhas feitas em 2006 foram decisivas para o site, que tinha 6 milhões de usuários no final de 2005 e que fechou o ano seguinte com o dobro, 12 milhões de pessoas conectadas.
De lá para cá, o Facebook rompeu fronteiras de idiomas, países e de acessibilidade à internet. Atualmente, segundo o site SocialBakers, a rede de Zuckerberg é acessada por usuários de 213 países.
Para especialistas do mercado, um dos grandes acertos de Zuckerberg foi manter a API (interface de programação de aplicativos) do site aberta para programadores independentes. Desta forma, o Facebook foi uma das primeiras redes a permitir a criação de aplicativos utilizando o seu código, permitindo a renovação constante do site.
Brasil é o segundo país em acessos
Na avaliação de Rodrigo Arrigoni, sócio-fundador da R18, empresa de marketing e redes sociais, o Facebook está perto do 1 bilhão, apesar de certa estabilização recente no crescimento da rede. O Brasil apresenta tendência de crescimento no número de usuários. De acordo com o site SocialBakers, nos últimos três meses o número de usuários nos EUA cresceu 4,35%, enquanto o Brasil teve um ganho de 18%.
– O brasileiro se destaca em grupos, tem um perfil exato e registra a maior média de amigos, de até três vezes mais do que a média do resto do mundo – enumera Arrigoni.
Mesmo crescendo mais, o Brasil ainda está longe de alcançar os EUA no número total de usuários. O país de Zuckerberg registra pouco mais de 163,6 milhões de usuários (ou 52,75% da população), enquanto o Brasil tem 56,6 milhões de pessoas conectadas (28,15% da população).
Há dúvidas, entre os especialistas, sobre o que representará a marca histórica do Facebook. De qualquer forma, em fanpages, posts de empresas, games, mobile e APIs, o Facebook continua batendo recordes.
DIOGO VARGAS
Mobilidade x burocracia?
Se fosse para fazer um viaduto, um elevado, um túnel ou uma ponte, “rapidinho” a burocracia é resolvida. Depois de construir estas obras que só estimulam o aumento do transporte individual motorizado, ou seja, aumentam os congestionamentos, queremos reclamar da falta de mobilidade.
Congestionamento não é um problema, é apenas uma relação causa x efeito.
Agora quando podemos dar a chance para uma demanda reprimida de 70% das pessoas em SC, que gostariam de usar a Bicicleta em seus deslocamentos urbanos, implantando algumas ciclovias, ciclofaixas e dar segurança aos ciclistas, a burocracia se faz presente da pior forma, “não anda”, mesmo com pessoas morrendo em decorrência disso tudo.
Lembrando que mobilidade urbana é o cidadão ter a opção de escolher um modal de transporte nesta ordem (priorizando);
1-pedestre 2-bicicletas 3-transporte coletivo 4-transporte individual motorizado
RELATO DE UMA CICLISTA
RELATO DE UMA CICLISTA
Pedalada segura, mas fora daqui
Impactada com o pedido de respeito que os ciclistas de Santa Catarina têm emitido, refletido em reportagem especial do Diário Catarinense deste domingo, a leitora e ciclista Patrícia Barcellos enviou um relato interessante ao jornal. Ela e seu marido, Maury Alexandre Vieira dos Santos, acabam de percorrer, de bicicleta, 1.560 quilômetros, de Florianópolis até o Rio de Janeiro. A descrição proporcionada por Patrícia, tecnóloga em hotelaria, pode servir ao mesmo tempo de estímulo a outros, mas especialmente de alerta, pois ela se mostra desanimada “com a falta de estrutura que dê suporte ao esporte e ao lazer” via bicicletas no país.
Para o DC, o relato cumpre também o objetivo de abrir mais espaço aos leitores, em especial quando eles trazem não apenas percepções, mas principalmente informações quer podem servir aos nossos públicos.
Confira, abaixo, o relato, além de fotos
7 pedidos de respeito
BICICLETA FANTASMA
7 pedidos de respeito
Desde 2003, os ciclistas de 26 países fazem manifestações pacíficas quando usuários de bicicletas perdem a vida ao serem atropelados. No lugar de cada acidente surge a bicicleta fantasma para marcar a conscientização pela paz no trânsito. Em Santa Catarina, o movimento é recente e as homenagens não param de aumentar.
Santa Catarina registrou de janeiro até o final de agosto, 90 acidentes de trânsito com ciclistas. Vinte deles foram fatais, segundo levantamento da Polícia Militar Rodoviária. Sete vítimas receberam homenagens do movimento Bicicleta Fantasma (surgiu em 2003 nos Estados Unidos). Cinco na Capital, uma em Biguaçu e outra em Blumenau.
São bicicletas pintadas de branco colocadas em locais próximos de onde as pessoas morreram atropeladas. O objetivo é chamar a atenção para a falta de ciclovias e ciclofaixas, principalmente em grandes cidades onde os ciclistas dividem espaço com os automóveis, ônibus e caminhões. O Bicicleta Fantasma tem adeptos em 26 países, entre eles México, Itália, Singapura, Equador, Canadá Estados Unidos e Austrália.
A bicicleta fantasma mais emblemática no Brasil, presta homenagem a cicloativista Márcia Prado, morta em 2009, em um acidente de trânsito na Avenida Paulista, em São Paulo. Tinha 40 anos e era atuante nas causas que diziam respeito aos ciclistas.
Na Grande Florianópolis seis ciclistas lembrados
Em Florianópolis, a primeira bicicleta fantasma foi colocada na rodovia SC-402, que leva para a praia de Jurerê Internacional, no Norte da Ilha. A estrutura foi exposta em agosto de 2008, no ponto em que Rodrigo Machado Lucianetti atingido por um carro. Antes disso, apenas a capital paulista e Brasília haviam registrado uma homenagem como essa.
Nos meses seguintes, setembro e outubro, a Grande Florianópolis recebeu mais duas bicicletas brancas: uma na SC-401, próximo ao trevo de Canasvieiras, no Norte da Ilha; e outra no município de Biguaçu. As duas não estão mais nos locais onde foram afixadas. A de Biguaçu, retirada pela família da vítima, Esaú Roberto de Medeiros, e a de Canasvieiras, provavelmente tenha sido roubada.
Depois disso, com as duas bicicletas colocadas também na SC-401, no Bairro João Paulo e em Canasvieiras, no início deste ano, e a colocada na quarta-feira, dia 5 deste mês, na Avenida Madre Benvenuta, no Bairro Santa Mônica, a Grande Florianópolis chegou a seis homenagens com bicicletas fantasmas. A sétima bicicleta colocada em Santa Catarina está em Blumenau e lembra a morte de Wilma Gaulke em 28 de fevereiro, atropelada por um ônibus.
De acordo com a Associação de Ciclousuários da Grande Florianópolis (Viaciclo), mais uma deve ser colocada em São José, na SC-407, em homenagem a um ciclista morto em julho, mas ainda não há previsão de data.
A BICICLETA BRANCA
OPINIÃO DA RBS
A BICICLETA BRANCA
Manifestação que reuniu cerca de cem pessoas no Bairro Santa Mônica, em Florianópolis, quarta-feira, no local onde um ciclista sexagenário morreu por atropelamento no último final de semana, foi tanto uma homenagem à memória da vítima quanto um indignado protesto da população contra a selvageria e a irresponsabilidade que marcam o compasso do trânsito em Santa Catarina. Uma bicicleta pintada de branco foi usada pelos manifestantes. Trata-se do símbolo de um movimento que, nascido nos Estados Unidos, luta contra a violência no trânsito e se espalha pelo mundo.
Do início deste ano até agora, segundo os registros da Polícia Rodoviária Militar (PRMv/SC), foram registrados, no Estado, 90 acidentes envolvendo ciclistas, 20 dos quais morreram. O número de acidentes protagonizados por motos dispara, e o número de vítimas fatais também. As estatísticas da matança no trânsito, com todos os tipos de veículos, são assustadoras e confirmam Santa Catarina, que ocupa apenas 1,1% do território nacional, no segundo lugar do ranking nacional desta chacina de ação continuada em relação à frota em circulação no Estado.
O desenvolvimento econômico – que agora começa a minguar, conforme os seguidos recuos na previsão do Produto Interno Bruto (PIB) este ano – é um dos fatores apontados para explicar o número de acidentes graves. A consequente ampliação da frota e mais motoristas inexperientes em circulação multiplicam as colisões e os atropelamentos. Mas não é só. Os principais fatores do massacre nas estradas e nas vias urbanas são a irresponsabilidade e a imprudência dos condutores de veículos, sejam eles neófitos ou veteranos.
As leis e regulamentos do trânsito são desrespeitados, o excesso de velocidade e as ultrapassagens de risco fazem parte do repertório dos insensatos, que rodam na contramão da vida. As estatísticas policiais indicam que 94% dos acidentes no Estado devem-se ao comportamento imprudente e irresponsável dos motoristas. Além disso, Santa Catarina responde, também, por significativa parcela dos mais de 20 mil acidentes anuais associados ao consumo de álcool no país.
A maior parte dos acidentes e das mortes poderia ter sido evitada com melhor fiscalização nas estradas e centros urbanos, uma fiscalização que coibisse o desatino e punisse os infratores. A impunidade sempre estimula o transgressor. A falta de investimentos na manutenção das rodovias também aumenta a insegurança.
Que a Bicicleta Branca seja o símbolo e o início de um esforço coletivo, unindo os poderes públicos e a cidadania, para pacificar e civilizar o trânsito catarinense.
Clique na imagem para ir ao DC.
Alerta para respeito no trânsito
MOBILIDADE URBANA
Grupo de amigos fez homenagem ao amigo José Lentz Neto, que morreu atropelado na sexta-feira, na Capital.
Alerta para respeito no trânsito
Na manifestação na Capital, que colocou mais uma bicicleta fantasma, ciclistas pediram convivência pacífica com motoristas
Florianópolis foi marcada ontem pela sexta bicicleta fantasma. Um poste na Avenida Madre Benvenuta, no Bairro Santa Mônica e a alguns passos da parada de ônibus número três, guarda a homenagem ao ciclista José Lentz Neto, 60 anos.
O funcionário da Universidade do Estado de Santa Catarina (Udesc) foi atropelado na sexta-feira. Cerca de 100 pessoas participaram da manifestação a partir das 19h30min, que teve um minuto de silêncio e a interrupção do trânsito (um minuto de silêncio!). Uns vestiam branco e usavam cartazes como Ghost Bike Nunca Mais” e pediam a criação de ciclovia no local.
A bicicleta em memória a Lentz foi doada por um dono de uma loja (Obrigado Gellea-Manutenção de Bicicletas) e depois pintada de branco. É um símbolo do movimento nascido nos Estados Unidos e que luta contra a violência no trânsito. Ao colocá-la próximo do local do acidente, os manifestantes pretendem chamar a atenção dos motoristas para que respeitem as leis do trânsito:
– Se a distância entre o veículo e ciclista de 1,5 metro tivesse sido respeitada (entre outras), não teria ocorrido a morte – disse Daniel de Araújo da Costa, presidente da Associação dos Ciclousuários da Grande Florianópolis.
Entre os colegas de trabalho e amigos de pedaladas, estavam a viúva e uma das filhas de Lentz. Emocionada, Kátia Maria Lentz lembrou que viveu um casamento de 35 anos.
– Por nós essa bicicleta pode ficar aqui, pois é uma homenagem e vai servir de alerta – afirmou.
Enquanto a bicicleta era amarrada ao poste, o trânsito foi interrompido nos dois lados da rua (por um minuto). Integrantes da Rede of Silence (ciclistas realizaram um Ride of Silence), se descolocaram pelas ruas para um passeio do silêncio. Fizeram duas voltas ao redor do Shopping Iguatemi. Com gritos e palmas pediam pela ciclovia, conforme Termo de Ajuste de Conduta entre o shopping e Instituto de Planejamento Urbano de Florianópolis (Ipuf).
ÂNGELA BASTOS
Link para a publicação original no DC online: AQUI